Erol Van Der Wolfger

Tom jamais conseguira o perdão dos ex-sogros. Os Demirer nunca simpatizaram com a ideia de ter a caçula indo embora para os Estados Unidos, para sempre. Era o patriarca que se arrependia amargamente do dia que permitiu que a turca fosse cursar o mestrado na Califórnia. Entretanto, foi pensando na felicidade de sua filha que assim o permitiu, tanto o mestrado como o casamento com o advogado americano de família alemã.

Ípek fora feliz, o marido a amava e idolatrava, ela nutria o mesmo sentimento por ele e, quando soube que daria à luz a um filho fruto daquele amor, não se aguentou de felicidade. Convenceu o marido a nomear o bebê com o mesmo nome do seu pai, a única ressalva dele foi que o garoto tivesse o seu sobrenome.

Na noite de Halloween de 1998 vinha ao mundo Erol Van Der Wolfger, uma criança pequena, magra e frágil, ninguém acreditaria se dissessem que ainda na adolescência atingiria 1,90cm. Seu nascimento foi caótico e talvez aquele dia carregasse a energia que perpetuaria para sempre em sua vida.

O garotinho viveu em plena felicidade, ambos os pais o amavam, mesmo que o trabalho muito os consumisse, eles estavam lá para si. Aos sete anos tudo mudou, sua mãe fora diagnosticada com câncer de mama e por mais que tivesse lutado, a doença a tirou de seus braços.

A partir daí nada seria igual.

Erol avistava a imagem da mãe com frequência, o psicólogo infantil — o qual seu pai tratou de leva-lo desde os primeiros relatos — dizia essa era a forma do menino lidar com a perda. Aos poucos ele percebeu que também via outras pessoas as quais ninguém além de si notava a presença. Uma delas, uma senhora muito simpática, a qual sempre aparecia para si, disse-lhe que deveria parar de falar aos outros sobre eles ou então o taxariam de louco, mas ele não era. E assim o fez. Aos poucos tanto ela, como a sua mãe e os outros foram sumindo e era cada vez mais rara as visões daqueles que entre os vivos já não estão mais. Até que sumiram de vez.

Três anos após a morte da esposa Tom se casava novamente, dessa vez com Kelly Crow, uma também advogada, dois anos mais velha que seu pai. Juntos tiveram mais três filhos. Kelly nunca o maltratou, mas era evidente que tanto ela, como o seu pai, não o davam a mesma atenção que para os demais filhos.

Erol nunca odiou os irmãos, muito pelo contrário, sempre se deu bem com todos. Mas os invejava silenciosamente. A diferença de tratamento ficava óbvia em alguns momentos, por exemplo, enquanto no aniversário deles havia viagens e festas, ele recebia um bolo de supermercado e um jantar com pizza, sempre acompanhados da desculpa de que o mundo já era uma festa naquele dia e ele poderia sair e se divertir com os amigos. Mas no natal os seus presentes também eram os dos menores embrulhos.

Porém, era nas férias de verão, onde passava com os avós e parentes maternos em Istambul, que ele sentia-se verdadeiramente amado, muitas foram às vezes que tanto os avós como o próprio garoto pediu para que pudesse morar com eles, na Turquia e, em todas elas seu pai jamais permitiu.

São Francisco era pequena diante de seus sonhos, não pretendia ser advogado como o pai e a madrasta, tampouco engenheiro, como fora sua mãe, mas sim sonhava em atuar. Era no palco que esquecia suas tristezas, a solidão, saudades da mãe e tudo o que atormentava a sua vida. Nunca fora rebelde, tivera poucos amigos na escola particular cristã que frequentou e viveu uma adolescência comum, como qualquer outro jovem americano.

Ao terminar o ensino médio conseguiu uma bolsa de estudos na Juilliard para artes cênicas. Tom estava relutante, sonhava com advocacia na UCLA, mas foi Kelly que o convenceu, apesar da distância, ela via paixão e talento nele. Afinal, sempre assistiram as suas peças. Por fim o homem aceitou, ajudaria mensalmente com um valor e os avós maternos, sem que Tom soubesse, com outro.

Erol não planejava voltar para São Francisco nem que seus planos de ser ator fracassassem, então resolveu que não moraria no alojamento da faculdade, em vez disso economizaria todo e dinheiro. Por fim alugou um apartamento pequeno em Inwood — Manhattan, mesmo com a passagem de metrô e alimentação, quase todo o dinheiro que recebia dos avós e pai iam para uma poupança. Além disso trabalhava nas noites de quarta à domingo em um cinema/teatro meio decadente próximo à sua casa e por vezes, era escalado para peças da faculdade.

NOME: Erol Van Der Wolfger

DATA DE NASCIMENTO: 31.11.1998

NATURALIDADE: São Francisco — CA

ASCENDÊNCIA: Turca e alemã.

SIGNO: Escorpião

ALINHAMENTO MORAL: Chaotic Neutral

ALTURA: 1,90cm

PERSONALIDADE: Erol é naturalmente soturno e introspectivo, esforçado e perfeccionista, possui dificuldade de confiar nas pessoas, é culto, confiante e astuto. De natureza calma, mas nunca passiva — por vezes até meio passivo agressivo —, apaixonado, teimoso, profundo e possuí um senso de humor um tanto áspero. Também é tomado por um tédio social, o que o faz soar arrogante vez ou outra, mesmo que sem perceber. Preza por conversas profundas, boa música, filmes antigos e também bobagens vez ou outra.

El Portal

Quando Bob Galle comprou o antigo cinema todos o chamavam de louco e diziam que o local era amaldiçoado. Uma série de crimes aconteceu naquele prédio em meados dos anos 80 e depois que os corpos foram descobertos nos fundos, a polícia prendeu o antigo dono — o qual fora responsabilizado pelos crimes — e a prefeitura interditou o local.

Em 2005 o antigo cinema fora para leilão, mas ninguém parecia ter interesse em leva-lo, apenas em 2012 um gordinho na casa dos trinta e fã de filmes de Terror B o comprou. A reforma durou três anos e custou uma boa grana, mas não fora profunda o bastante, Bob queria manter àquela atmosfera estranha.

Três salas exibiam os filmes, sejam eles novas produções do cenário underground ou produções vintage, outras duas viraram um pequeno teatro, para peças igualmente fora do comum. O nicho que frequenta o estabelecimento é bem específico, mas fiel. Alguns festivais do gênero também acontecem anualmente lá, com direito a noite de autógrafo e tudo.

El Portal está localizado em Inwood — Manhattan, funciona quarta e quinta das dezenove à meia noite e de sexta e sábado das dezenove às três da manhã e domingo das 19 à meia noite.

As más línguas ainda dizem que o lugar é mal assombrado, entretanto esse tipo de rumor atraí cada vez mais fãs do gênero. E o que é melhor para um amante de terror que além de se divertir com uma boa peça ou filme assombroso ainda pode ter a experiência de ver um fantasma? (Apesar que até agora, nenhuma visão fora de fato provada.)



Pouco se sabe sobre Bob Galle, ele aparece no cinema apenas duas vezes por mês e, apesar de simpático, os funcionários sempre o acharam um tanto esquisito.

✦ Player +21 — não diria apenas o óbvio, que é não tenho interações sexuais com menores de idade, mas sinceramente, se você é menor de idade prefiro que nem me siga e não tenha interação nenhuma comigo, isso sim.

✦ Perfil interpretativo.

✦ Aberto à plots e conexões.

✦ Sempre dou soft block em personagens que não interagem com o meu e não aviso. Então caso ocorra, não sinta-se chateado.

✦ Não sigo personagens de plot de heróis e nada contra o seu player, só não tenho interesse nesse tipo de conteúdo na minha TL simplesmente porque acho uma chatice.

✦ O conteúdo apresentado aqui pode conter gatilhos, então caso não goste, só não seguir.

✦ O plot irá apresentar conteúdo sobrenatural, se não gosta siga a regra acima.

✦ Plot original, então tenha vergonha na cara e nada de plágios, achou legal e tem interesse em jogar algo dentro dele? Me chama e a gente combina numa boa.